Emerge, depois de um longo tempo de vacatura, um artista plástico português verdadeiramente brilhante.
Encontrei-o, por mero acaso, no Facebook. Num primeiro olhar, sem lhe conhecer ainda a obra, pensei tratar-se de um Manuel João Vieira da pintura. Ar alucinado e cabelo desgrenhado numa aparência retro dos anos 80, onde o bigode marcava a pincelada final, Luio Onasis surgia, ele próprio, como uma nova pintura nas redes sociais.
O segundo olhar foi para as suas criações artísticas. A ousadia do Luio, mente livre , é abrir espaço ao seu próprio imaginário , permitindo dessa forma que, também nós, sintamos a liberdade de quebrar regras e conceitos.
Acompanhando o artista na sua viagem, compartilhamos da sua liberdade. Pintamos os sapatos ao Ronaldo, somos donos da nossa própria companhia aérea, decoramos o nosso carro de sonho com as cores de plasticina que são o sonho dos nossos filhos. Viajamos em Tourné Europeia, fumamos de cavas com -20C, andamos de mota de água e, por fim, em êxtase, pintamos o nosso próprio bigode.
Enquanto viajamos, vamos criando. E o artista é como se fosse o lápis de cor do nosso imaginário. Cria a liberdade que sentimos e não conseguimos expressar.
Não sou perito em Artes. Arisco, no entanto, colocar Luio num patamar de performance criativa ao nível dos mestres. O vibrante das suas cores, a intensidade pungente das formas e a harmonia do traço são as forças criadoras que fazem nascer obras que diria filhas de Gaudi-Picasso .
O Luio, de forma intencional ou meramente recreativa, conjuga a criação da sua personagem de homem-artista com as criações de Artista-homem que publica no Facebook.
O que Luio faz, em suma, é dar um bigode aos conceitos classissistas, mostrando que antes do artista existe o Homem, que só por si é arte.
Arte performativa do Luio em perfeito sincronismo com a arte plástica do Onassis.
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