domingo, 30 de maio de 2010

O Grande Zero à Esquerda

Manuel Alegre e Marta Rebelo dançam numa metáfora geométrica. As suas orbitas de percurso político desenham, no horizonte político, uma grande circunferência, uma bola…em suma, um grande e redondo Zero.


Alegre termina o seu ciclo de empregado da Assembleia da Republica. Marta iniciou o seu. Um pensionista e uma debutante. Politicamente, ambos iguais, ambos inúteis.

Não espanta, por isso, que Marta se tenha insurgido contra o apoio do PS a Manuel como candidato oficial à Presidência da Republica. Como explicar que se reconheçam competências tão elevadas a alguém que se limitou a estar 30 anos sentado no Plenário?

Os Psicólogos chamam-lhe “projecção”, os eruditos chamam-lhe “herança dinástica” e, os Portugueses em geral, choram.

Certo e sabido é que os deputados representam os Portugueses. Uns serão inteligentes, outros nem tanto, uns serão trabalhadores e outros apenas detentores de um emprego, haverá quem não saiba como foi eleito e até quem leve a sua missão a sério.

Indago-me, talvez demasiadas vezes, como é que algumas personagens chegam a tão distinto cargo. Encontro, invariavelmente, a mesma explicação. Serviram, para além de serem peões no xadrez das listas de deputados, de espelho para que outras estrelas se elevassem num brilho artificial.

Por outras palavras, se este texto for comparado com o texto de uma criança de 5 anos, talvez até eu pareça inteligente e o pobre petiz um grande Zero à Esquerda.