terça-feira, 8 de junho de 2010

LOST



LOST

O argumento num parágrafo



“Existia uma Ilha que tinha uma rolha. Quem tirasse a rolha rebentava a bolha. Como em tudo na vida, uns queriam tirá-la e outros queriam mantê-la enfiada”


Para que não haja sarilho, o LOST foi, do meu ponto de vista, o melhor argumento televisivo de todos os tempos. Poderão, como defende convictamente a minha mulher, os argumentistas ter tomado demasiados ácidos. È, também, altamente provável que se tenham perdido nos caminhos argumentativos e que, juntando agora as estradas, existam demasiadas rotas sem sentido e a desembocar no vazio.

O segredo do êxito foi usar os ingredientes de sempre e misturá-los numa fórmula nova.

Amor, separação, abnegação, purgatório, paraíso, perda, “achamento”, herói, vilão. Nada de novo nos ingredientes.

A fórmula, no entanto, revolucionou a ciência da argumentação televisiva. Presenteou-nos com uma imagem, quase real que, não obstante a crença ou falta dela, a vida não acaba com a morte. Que existe uma ilha para continuarmos…nem que seja para recordar o que vivemos.

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