Gilberto Madaíl é um desses homens. Prometeu, depois do Mundial, que muita coisa iria mudar na Selecção Nacional. E mudou. Foi a primeira vez que empatámos em casa com o Chipre e a primeira vez que perdemos com a Noruega.
Não vale reclamar. O homem, afinal, não disse o que iria mudar!
È este jogo de cintura, tão enraizado na nossa genética, que nos faz únicos no mundo. Não o suficiente para sermos campeões desse mundo e, quem sabe, nem sequer para nos apurarmos para o próximo Europeu. Perfeito, no entanto, para selarmos uma qualidade social, como quem determina a qualidade de um vinho pela sua região, qualidade essa que teima em premiar, medalhar e endeusar os menos capazes na sua profissão….mas mestre na arte da dissimulação.
Esqueçamos as Pescas, a Agricultura e o Turismo. Governantes, o segredo está em apurar e refinar esta qualidade, torná-la uma Denominação de Origem Controlada, oficializar o seu desenvolvimento académico nas Faculdades e exportá-la para Países do Primeiro Mundo e do Terceiro.
Os do denominado Primeiro Mundo estão petrificados pela ética e por um ignóbil ataque à corrupção. A Corrupção, nestes países, corre o risco de descer para níveis tão baixos que serão postos em causa os pilares de qualquer economia que ambicione saúde.
Urgem lições deste swing Português que ensina, como nenhum, como inserir a economia paralela dentro dos cofres do Estado e ainda criar postos de trabalho com esse esquema, pertencer à Zona Euro, ter um défice que ninguém sabe como se calcula realmente, serpentear as Leis e, no final, alguém ser recompensado por isso. Em resumo, fazer regressar esses países às origens do seu desenvolvimento actual.
Ao Países do terceiro Mundo basta polir a diplomacia e politica externa e puxá-los da origem de onde parte sem que a evolução seja disparatada ao ponto de chegarem ao Primeiro mundo.
Percebe-se, basta fechar os olhos, que estamos entre o Primeiro e o Terceiro Mundo. E eu, como também sou Português, acho que assim não está mal de todo. De facto, pensando melhor, até está muito bem mesmo.
Mais vale morrer que ficar paralítico e mais vale estar entrevado do que morrer. Por outras palavras, antes ter estes “Gilbertos” que outros piores. Somos mesmo um povo cheio de sorte, não somos?